sexta-feira, 20 de abril de 2012

No tabuleiro da Baiana tem....

Como diria Dorival Caymmi " No tabuleiro da baiana tem vatapá, carurú, mungunza, tem ungu". É, minha gente, a Bahia não tem só belas praias não, tem uma das culinárias mais características e difundidas pelo Brasil, ou vai dizer que você nunca cruzou com uma "baiana" vendendo acarajé aqui pelo sul?

Eu tenho que confessar que não provei de todas as delícias locais, até porque, a comida baiana é quente e pesada pra dedéu e com o calor que estava fazendo, o pós-refeição era sempre um momento difícil do dia. Além disso, segundo os próprios baianos, a "comida baiana" de Porto Seguro é para turista ver e não chega nem aos pés da que é preparada em cidades menos turísticas. 

Mas é claro que ir à Bahia e não comer um acarajé ou uma moqueca regada à muito dendê, é quase uma heresia, e eu é que não ia perder essa chance. Então, vamos à dicas dos quitutes e restaurantes mais bacanas da viagem:

Barraca Flor de Sal (Praia da Pitinga)
Essa barraca (como eles chamam os restaurantes na beira da praia) foi eleita nossa queridinha de Porto Seguro, é super bonita e oferece cadeiras reclináveis de madeira, espreguiçadeiras, guarda-sois enormes, música agradável e banheiro limpo (pelo menos na baixa temporada) para os consumidores. O menu tem um toque asiático, pedimos arroz frito de camarão, moqueca de camarão e salada e foi mais que o suficiente para o Mayco e eu (sim, nós somos bons de garfo, até demais). Não me lembro exatamente os valores, mas notamos que em Trancoso os preços de pratos semelhantes eram bem mais "salgados". Como é de costume nas barracas, é exigida uma consumação mínima de R$ 25,00 por pessoa, mas acredite, você atinge facilmente esse valor em qualquer restaurante de Porto Seguro.

Barraca do Gaúcho (Praia de Taperapuã) 
Sim, essa é a barraca #dosparente. Um lugar super especial, com espírito familiar, onde até os caçulas (Julia e Lucas) põem a mão na massa. Abertos desde as 8:00 até as 22:00, o restaurante serve a qualquer hora do dia, rodízio de carnes, buffet de saladas e pratos quentes variados, buffet de sobremesas e pratos a la carte... uma loucura!! A matriarca da família é uma das figuras mais doces e encatadoras que conheci na vida (beijo, tia Éudes) e é a responsável pelas sobremesas, pães e outros quitutes servidos no buffet. O restaurante é super confortável, e nos finais de semana rola musiquinha ao vivo de super bom gosto. Pra quem prefere ficar na praia, a barraca oferece cadeiras, guarda-sol e mesas. Vale a pena passar por la e bater um papo com o gauchão, a Cris, a Naziene, a Inês ou a tia Éudes, família linda e super acolhedora que já adotei como minha.

Passarela do Álcool
A Passarela do Álcool é formada por uma sequência de lojas e barraquinhas onde se encontram desde os mais singelos artesanatos, até móveis indianos caríssimos. A variedade dos quitutes à venda é ainda maior, e vai desde uma simples tapioca até comida japonesa, italiana, portuguesa, etc.  O Rei do Caldo é um cantinho, logo no começo da passarela, onde são servidas várias opções de: caldos, é claro (rs)! Aipim, mocotó, abóbora com carne seca, frango, camarão, sururu (molusco muito aprecido por quelas bandas), entre outros. Pra quem fica em dúvida, são servidas amostrinhas em copinhos de café, o que eu achei bem simpático. Existem 2 tamanhos de porção (se não me engano) e para mim, a pequena (essa da foto) foi suficiente. As porções vêm acompanhadas de torradinhas e limão (?) e são deliciosas. Fui de abóbora com carne seca (a melhor, na minha opinião), mas provei quase todas! Além dos caldos, eles também servem outros pratos bem típicos de lá, como o sarapatéu, que leva miúdos vísceras diversas e em alguns casos, sangue (não, obrigada!).
No canto oposto da passarela, conhecido como O Beco, comemos o melhor temaki filadélfia da vida no Sushi do Beco e pra finalizar a noite, pastel de nata da confeitaria portuguesa A Torre, vizinha do restaurante japonês (infelizmente, deste dia nao tem fotos).

Como vocês sabem, eu sou faladeira por natureza, minhas histórias são sempre super detalhadas e, por aqui, não podia ser diferente. Eu sei que o post ficou gigante, mas era tanta delícia que não queria deixar nada de fora. Agora vocês podem imaginar que a viagem foi um festival de comilança sem fim, mas eu mereço, porque também sou filha de Deus e meu metabolismo AINDA me permite. Ufa!!


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